Recife / PE - sexta-feira, 19 de abril de 2024

Diabetes

Veja Bem Oftalmo

     Fone: 081-30334978

 

 

 

 

Como o Diabetes afeta a Retina e a visão? 

Os pacientes com diabetes são mais propensos a desenvolver problemas oculares, tais como cataratas e glaucoma, mas as doenças que afetam a retina são a principal ameaça à visão. A maioria dos pacientes diabéticos desenvolvem mudanças na retina após aproximadamente, 10 anos de doença. O efeito do diabetes na retina é chamado Retinopatia Diabética.

Com o tempo, o diabetes afeta o sistema circulatório vascular da retina dos olhos. A retina é a camada mais interna do olho composta de prolongamento dos nervos, onde estão as células receptoras responsáveis por perceber a luz e ajudar a enviar as imagens ao nervo óptico e daí para o cérebro. O dano aos vasos sangüíneos da retina pode ter como resultado vazamento de fluido ou sangue (microsangramentos) e que poderão causar fibrose e desorganizar a retina. Isto pode distorcer as imagens ou tornar as imagens que a retina envia ao cérebro borradas.

O diabetes lesa os vasos sangüíneos da retina e pode ocasionar crescimento anômalo dos vasos, numa fase mais avançada da doença. Os riscos de desenvolver retinopatia diabética aumentam quanto maior o tempo de doença dos pacientes. Hoje temos idéia que 80% das pessoas que tenham sofrido de diabetes por pelo menos 15 anos apresentam algum tipo de lesão nos vasos sangüíneos da retina.

Fatores de risco 

Duração do diabetes: fator mais importante. Depois de 10 anos de doença, a incidência de retinopatia diabética é de 50%, depois de 30 anos, é de 90%.

Controle metabólico: a manutenção de uma normoglicemia (açúcar controlado nos sangue) não vai prevenir o aparecimento da doença, mas pode retardá-la por alguns anos.

Fatores diversos podem piorar o prognóstico: gravidez (com glicemia descompensada), anemia, hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, dislipidemia, doença renal.

Sinais e sintomas

Os efeitos da retinopatia diabética na visão variam dependendo do estágio da doença. Alguns sintomas comuns de retinopatia diabética são listados abaixo, entretanto, o diabetes pode causar outros sintomas no olho.

  • Visão borrada (ligado freqüentemente aos níveis de açúcar no sangue)
  • Moscas volantes e flashes.
  • Perda repentina da visão.

 

Como diagnosticar 

A melhor proteção contra a retinopatia diabética é submeter-se a exame periódicos da visão (Mapeamento de retina) efetuados pôr um oftalmologista (médico especialista em olhos). A retinopatia grave pode estar presente sem sinais perceptíveis.

Para detectar a presença de retinopatia diabética, o oftalmologista examina o interior do olho usando um instrumento chamado oftalmoscópio. É preciso que as pupilas sejam dilatadas por meio de algumas gotas de colírio.

Se o seu oftalmologista comprovar a presença de retinopatia diabética, pode decidir tirar fotografias a cores da retina ou pode recorrer a um exame especial chamado angiografia com fluoresceína para determinar se requer algum outro tratamento.

A angiografia com fluoresceína é um exame que consiste em injetar um corante fluorescente com uma seringa no braço do paciente e após, tirar uma série de fotografias dos olhos.

 

Tratamento

  

Em muitos casos o tratamento não é necessário mas, periodicamente, o paciente deverá se submeter a um exame oftalmológico . Em outros casos pode-se recomendar um tratamento para deter o avanço das lesões causas pela retinopatia diabética e, se possível melhorar a qualidade da visão.

Na fotocoagulação, mira-se um raio laser na retina para selar os vasos sangüíneos, com pequenas aplicações, reduzindo aí o edema macular (mácula é a região da retina que possibilita ver detalhes minúsculos, como letras e números). Para tratar a formação de vasos sangüíneos anormais (neovascularização) as aplicações são espaçadas ao longo das áreas laterais da retina. As pequenas cicatrizes resultantes da aplicação do laser reduzem a formação de vasos sangüíneos anormais e ajudam a manter a retina sobre o fundo do olho evitando o descolamento da retina.

Se a retinopatia diabética é descoberta em suas primeiras etapas, a cirurgia a laser pode desacelerar o ritmo de perda da visão.

Em casos onde se encontra retinopatia diabética proliferativa avançada, o oftalmologista poderá recomenda "vitrectomia" cirúrgica.

 

 

Eu tenho diabetes. E agora?

 

Cerca de 16 milhões de brasileiros são diabéticos, o que representa cerca de 8% do total de nossa população. Mais de 18 milhões de americanos têm diabetes e outros 41 milhões têm o chamado pré-diabetes. Você não está sozinho.

 

                   http://www.portaldiabetes.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=3353

 

Ter diabetes é estar em uma situação complexa, mas a boa notícia é que você pode prevenir ou retardar as complicações desta doença com pequenas mudanças em seu estilo de vida. Leva tempo para adquirir as habilidades necessárias para controlá-la, mas existem especialistas que podem te ajudar. Pergunte ao seu médico onde encontrá-los. Outra opção são os grupos de suporte em diabetes, nos diversos sites de interesse existentes. Você se surpreenderá com tudo que pode aprender e verá como é fácil controlar as alterações na sua glicemia. Tudo isso vai contribuir para a melhoria no seu estilo de vida. Portanto, é necessário que você tenha uma noção básica do que está vivendo. Aqui estão algumas informações relevantes.

 

O que é pré-diabetes?

É uma condição em que os níveis de glicose são mais altos que o normal, mas não tão altos para dar o diagnóstico de diabetes tipo 2 (o tipo mais freqüente). Pessoas com pré-diabetes têm maiores riscos para desenvolver diabetes tipo 2, doenças do coração e derrames (acidentes vasculares cerebrais). Uma vez cientes desta condição, podem iniciar medidas preventivas.

 

O que é diabetes?

Diabetes melito tipo 2 é o tipo mais comum nos Estados Unidos. Ele afeta quase 90% das pessoas que têm diabetes. Ocorre quando o nível de glicose (açúcar) no sangue fica muito alto. A glicose é o combustível que as células do corpo usam para obter energia. O diabetes tipo 2 ocorre quando não há produção suficiente de insulina por um órgão chamado pâncreas ou porque o corpo se torna menos sensível à ação da insulina que é produzida - a chamada resistência à insulina. A insulina ajuda o corpo a levar a glicose para dentro das células. A maioria das pessoas que têm diabetes do tipo 2 apresentam idade superior a 40 anos, possuem sobrepeso e estão fora de forma. O controle de peso, o aumento da atividade física e, em alguns casos, o uso de medicamentos pode melhorar os níveis de glicose no sangue. O diabetes não pode ser curado, mas pode ser controlado. Controlando os níveis de glicose no sangue, as complicações do diabetes, como doenças do coração, cegueira e complicações renais podem ser prevenidas ou postergadas.

 

Objetivos do tratamento

O objetivo principal do manejo do diabetes é o controle dos níveis de glicose no sangue. Este nível deve ser mantido entre 80-120 mg/dl antes das refeições, segundo a Associação Americana de Diabetes. Seu médico irá recomendar o nível desejado para você. Mantendo seu nível de açúcar no sangue o mais próximo possível do seu alvo, você vai conseguir manter-se saudável. Outros objetivos recomendáveis para pessoas que têm diabetes são a redução dos níveis de pressão arterial e a diminuição dos níveis de colesterol e de triglicérides (gorduras no sangue). Se eles estiverem altos, você corre mais risco de sofrer um problema no coração ou um derrame. Para os diabéticos fumantes, a melhor opção é parar de fumar. Este hábito acelera todos os problemas associados ao diabetes, porque diminui o fluxo sangüíneo e a oxigenação das células. Outro cuidado é evitar o uso de medicamentos que podem agredir o pâncreas como cortisona e diuréticos tiazídicos.

 

Problemas dietéticos

A escolha da sua alimentação vai afetar o controle do seu diabetes. Alimentos que contenham açúcar natural ou adicionado vão alterar mais os seus níveis de glicose que os alimentos que têm principalmente proteína e gordura. Um nutricionista pode ajudá-lo a preparar um planejamento de refeições saudáveis com uma variedade de alimentos, levando em conta seus alimentos prediletos.

 

Controlar a quantidade de calorias ingeridas é importante para o controle do diabetes. Uma perda de peso de apenas 5 a 10 quilos pode fazer grande diferença no controle de seu nível de glicose sangüínea e de sua pressão arterial. Beber bastante água, ingerir alimentos ricos em fibras e comer menos gorduras irá ajudar. Observar a ingestão de sal (sódio) também auxilia se você têm pressão arterial alta (hipertensão). Limitar a ingestão de gorduras sólidas ajuda a controlar seus níveis de colesterol.

 

A maioria das pessoas pensa que comer a mesma quantidade de alimentos em tempos mais ou menos idênticos a cada dia ajuda a controlar seus níveis glicêmicos. Pular refeições é uma má idéia, especialmente se você usa medicamentos para diabetes. A falta de uma refeição também pode fazer com que você coma mais na próxima refeição, aumentando o ganho de calorias. Você não precisa comprar alimentos especiais para diabéticos. O planejamento de suas refeições com um nutricionista vai ser bom para você e para toda a sua família.

 

Fazer uma atividade física é muito importante

Níveis sangüíneos adequados de glicose e controle de peso são difíceis de serem alcançados sem uma atividade física regular. Atividades físicas podem incluir apenas uma maior movimentação no seu dia-a-dia, dirigir menos e andar mais, trocar o elevador pelas escadas, fazer serviços de jardinagem ou passear com o seu cachorro. Todas elas aumentam o gasto de calorias.

 

Um programa de atividade física regular também é muito bom. Para a perda de peso, exercícios que aumentam a freqüência cardíaca de acordo com limites estabelecidos para a sua idade ajudam a obter melhores resultados. Boas escolhas são caminhadas em ritmo acelerado, natação, exercícos aeróbios na água e ciclismo. Se você não está se exercitando regularmente ultimamente, visite um médico antes de começar. Os resultados deste checkup ajudarão a escolher a atividade mais apropriada para você. O objetivo é fazer mais de alguma coisa que você goste. Você deve praticar atividades físicas pelo menos 5 dias na semana. Exercícios com seu parceiro(a) ou com um grupo de amigos pode ajudar a aumentar sua atividade física e seu prazer. Você vai conhecer melhor seus níveis de glicose quando praticar seus exercícios sempre no mesmo horário do dia.

 

Monitorização dos níveis de glicose sangüínea

A monitorização da sua glicemia é o único meio de saber se o seu diabetes está sob controle. A sua equipe médica lhe dirá a freqüência com que ela deve ser checada. Estas informações vão lhe ajudar a ver padrões de controle do seu diabetes. Se você tiver três valores nos mesmos horários a cada dia que estiverem acima ou abaixo do seu alvo, você pode mudar a sua alimentação, exercícios ou medicações habituais. Registrando suas medidas de glicemia, o que você come, o que você fez neste dia e quanto de medicamento você tomou ajudará você a identificar outros padrões.

 

Há muitos monitores de controle disponíveis. Um farmacêutico ou um especialista em diabetes pode te ajudar a decidir qual o melhor para você. Sempre leve o seu monitor e o registro de suas glicemias com você quando for visitar o seu médico. Eles podem testar se seu monitor está funcionando perfeitamente e se você está checando-o corretamente. Também é válido levar anotadas as medicações que está usando ou, se usa insulina, qual a dose e os horários habituais. Para isso, guarde as prescrições de seu médico e exija dele que seu receituário seja feito de maneira legível.

 

Escolha de medicamentos

Novos medicamentos para diabetes aparecem todos os dias. Seu médico vai decidir qual a medicação mais apropriada para você. Algumas pessoas com diabetes tipo 2 podem controlar a glicemia apenas com mudanças na alimentação ou com o aumento de atividades físicas, sem necessitarem usar medicações ou insulina por um longo tempo. As medicações precisam de modificações periódicas. Por isso, você pode ter que mudar de remédios mais de uma vez. A monitoração das glicemias é essencial para decidir quais as melhores medicações a serem adotadas.

 

Cada tipo de comprimido para diabetes funciona de maneira diferente. Eles não são insulina. Dentre os variados efeitos destes remédios podemos destacar a produção de mais insulina pelo pâncreas, a diminuição da absorção de carboidratos e o aumento da sensibilidade do organismo à ação da insulina. Você pode necessitar de um ou mais destes medicamentos para controlar sua diabetes.

 

Às vezes o controle glicêmico só é obtido com injeções de insulina. Algumas pessoas necessitam receber esta substância ao mesmo tempo em que fazem uso de medicamentos. A freqüência com que você recebe insulina depende de quanto o seu corpo ainda produz e de como o seu médico pretende controlar o seu nível glicêmico. Tipos diferentes de insulina têm tempo de ação diferente. Sua equipe médica dirá quanto de cada tipo você necessita e com que freqüência.

 

É importante aprender a técnica correta de uso das injeções de insulina e sempre modificar o local do corpo onde são aplicadas para evitar problemas degenerativos. Os melhores locais para aplicação são a barriga, exceto a área de 5 cm ao redor do umbigo; região superior das nádegas, face anterior e lateral das coxas, região lateral e posterior do braço.

 

A utilização de canetas de administração de insulina tem facilitado para o indivíduo diabético atingir um bom controle glicêmico. A precisão das doses administradas, associada à grande satisfação dos usuários deste método de aplicação, tem disseminado seu emprego em todo o mundo.

 

Mude seus hábitos e viva tranqüilo

Receber o diagnóstico de diabetes atualmente significa readaptar hábitos e estilo de vida. Os avanços científicos na área possibilitam tratamentos para todos os tipos de casos. Esta é uma oportunidade para você prestar mais atenção à sua saúde e adquirir responsabilidades sobre as mudanças que podem conduzir a vários anos de vida melhor aproveitados.

 

Baixe o dicionário de termos em diabetes: DicionarioDiabetes.pdf